domingo, 31 de janeiro de 2010

Banco, poço sem fundo

A rotina de uma agência bancária é muitas vezes um mistério para os clientes. No que toca à quantidade de dinheiro disponível nos caixas eletrônicos e nos guichês, muitos acham que o banco tem uma fonte inesgotável de dinheiro, que está disponível à hora que quiser. Mas a verdade não é bem essa.
A agência trabalha com uma previsão de movimentação, quando é necessário mais ou menos dinheiro. O caixa deve ter um valor máximo de saldo, e o que ultrapassar esse valor deve ser enviado à tesouraria, para ser requisitado por outro caixa, por ele mesmo, ou ser usado no abastecimento dos caixas eletrônicos.
Por medida de segurança, os cofres têm um relógio que é acionado para abrir em um determinado prazo após seu acionam ento.
A quantidade de dinheiro disponível no caixa depende das pessoas que serão atendidas; se várias vêm sacar, o dinheiro se esgota rapidamente, se muitas vêm depositar ou pagar contas em dinheiro, o excesso deve ser repassado à tesouraria.
Há um limite de saque devido à previsão feita para o período e para segurança do próprio cliente: se perceberem que alguém sai da agência com um grande volume de dinheiro, essa pessoa pode ser assaltada. Por isso, são recomendadas as transferências, seja para clientes do mesmo banco, como para de outros bancos (TED - a partir de 5 mil reais, e DOC, abaixo desse valor). A tarifa que é cobrada é insignificante perto do risco que se corre.
O limite de saque no caixa eletrônico também é para a segurança do cliente, de acordo com o perfil sócio-econômico calculado através do cadastro do cliente. E os terminais não são fontes inesgotáveis de dinheiro: têm uma quantidade limitada de cédulas, que se esgota à medida que as pessoas as usam.
Há pessoas que sacam dinheiro no terminal e vão para a fila do caixa para pagar suas contas, quando poderiam fazê-lo lá mesmo, assim como as transferências e os depósitos. E sacam todo o dinheiro de suas contas e o levam para suas casas, quando poderiam investi-lo de alguma forma.
E quando acaba o dinheiro, se espantam, ficam bravos e vão engrossar a fila do caixa, que normalmente tem muito menos dinheiro que os caixas eletrônicos.
Há também aquelas que não gostam ou não se acostumaram com a era eletrônica, e vêm ao guichê.
A pergunta que fica, depois de todas essas considerações é: você está usando sua conta e os serviços bancários de forma eficiente?