domingo, 9 de janeiro de 2011

Questão de segurança

Um tema que tem sido debatido muito nos últimos tempos (se não desde sempre) é a segurança bancária - mais especificamente as medidas preventivas quanto à "saidinha do banco", como a implantação de biombos entre o caixa e a fila de atendimento, e a proibição do uso de celulares no interior da agência.
Há também projetos que prevêem o aumento no número de câmeras, para facilitar a identificação dos bandidos no caso da realização de um assalto.
Mas temos que lembrar que a saidinha não é o único problema a ser enfrentado por bancários e clientes, dado o grande número de caixas eletrônicos e o empurrômetro para essa forma que, de alternativa, se torna principal, junto com as transações na internet.
Há muitos clientes sem condições para usar esses meios, devido às já conhecidas condições de educação no Brasil, com um grande percentual de analfabetismo funcional e, em alguns casos, ingenuidade por parte dos clientes.
Devido a isso, ocorrem casos de troca de cartões, clonagem, troca de envelopes de depósito e a saidinha causada pela maneira como nos posicionamos no momento do saque e o que fazemos com ele antes de guardá-lo. Já ouvi casos, por exemplo, de clientes que contam o dinheiro contra a luz, tentando detectar se as notas são falsas ou verdadeiras - e correm o risco de serem assaltados.
Em locais públicos, como rodoviárias, shoppings e aeroportos, há um público que se comporta adequadamente quanto à segurança, mas nas agências, há muitos casos de pessoas com dificuldades no uso dos terminais.
Idosos, semi-analfabetos e pessoas não acostumadas com a informática acabam se atrapalhando e muitas vezes, crédulas, são vítimas de "bons samaritanos" esperando para dar o golpe.
E muitas vezes, as agências deixam os clientes à mercê dessa corja, sem um funcionário permanentemente à disposição das pessoas. Ou se têm, muitas vezes não são o suficiente para atender a demanda, principalmente em dias de muito movimento, como os primeiros dias úteis e os dias dez e vinte.
O Sindicato dos Bancários muitas vezes coloca em sua pauta o aumento do horário de atendimento ao público como forma de aumentar o número de postos. Entretanto, sabemos que a tecnologia, salvo um cataclismo que acabe com os aparelhos eletrônicos do mundo todo, veio para ficar.
A solução para o aumento de postos é, ao meu ver, no que deveriam ser as salas de auto-atendimento. Como entidade, devemos reinvidicar então que haja mais funcionários atendendo os clientes nos caixas eletrônicos.
Uma combinação desses fatores na pauta da campanha salarial fará com que isso repercuta nacionalmente, e terá apoio da população não bancarizada, que sofre com as greves, sobrecarregando os correspondentes bancários, como as lotéricas.
Obtendo esse apoio, espero que haja uma regulamentação do Banco Central quanto a esses fatores, ou um projeto de lei federal que aborde estas sugestões.